artigo da semana

-FRATERNIDADE -

Emmanuel

Uma colaboração de Estênio Negreiros (estenio.gomesnegreiros57@gmail.com)

 

 

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” — JESUS (João, 13.35)

 

Desde a vitória de Constantino, que descerrou ao mundo cristão as portas da hegemonia política, temos ensaiado diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulos de Jesus.

 

Organizamos concílios célebres, formulando atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus e da Alma, do Universo e da Vida.

 

Incentivamos guerras arrasadoras que implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da nossa fé.

 

Disputamos o sepulcro do Divino Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador.

 

Criamos comendas e cargos religiosos, distribuindo o veneno e manejando o punhal.

 

Acendemos fogueiras e erigimos cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos discordassem dos nossos pontos de vista.

 

Estimulamos insurreições que operaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na cruz o devotamento à Humanidade inteira.

 

Edificamos palácios e basílicas, famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória, esquecidos de que Ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a cabeça.

 

E, ainda hoje, alimentamos a separação e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra os outros, nos variados setores da interpretação.

 

Entretanto, a palavra do Cristo é insofismável. Não nos faremos titulares da Boa Nova simplesmente através das atitudes exteriores…

 

Precisamos, sim, da cultura que aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material que enriquece o trabalho e de assembleias que favoreçam o estudo; no entanto, toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras.

 

Seremos admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima.

 

Estendamos, assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente… Fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que asseguram a vitória do bem. Atendamo-la, onde estivermos, recordando a palavra do Senhor que afirmou com clareza e segurança: — “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.”

 

Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.

 

Publicado na página http://bibliadocaminho.com/ocaminho/txavieriano/livros/Fv/Fv15.htm