artigo da semana

-CARMA DE SOLIDÃO-

Uma colaboração de Estênio Negreiros (estenio.gomesnegreiros57@gmail.com)

 

 

Caminhas, na Terra, experimentando carência afetiva e aflição, que acreditas não ter como superar.

 

Sorris, e tens a impressão de que é um esgar que te sulca a face.

 

Anelas por afetos e constatas que a ninguém inspiras amor, atormentando-te, não poucas vezes, e resvalando na melancolia injustificável.

 

Planejas a felicidade e lutas por consegui-la, todavia, descobres-te a sós, carpindo rude angústia interior.

 

Gostarias de um lar em festa, abençoado por filhos ditosos, e um amor dedicado que te coroassem a existência com os louros da felicidade.

 

Sofres e consideras-te desditoso.

 

Ignoras, no entanto, o que se passa com os outros, aqueles que se te apresentam felizes, que desfilam nos carros do aparente triunfo, sorridentes e engalanados.

 

Também eles experimentam necessidades urgentes, em outras áreas, não menos afligentes que as tuas.

 

Se os pudesses auscultar, perceberias como te invejam alguns daqueles cuja felicidade cobiças...

 

A vida, na Terra, é feita de muitos paradoxos. E isto se dá em razão de ser um planeta de provações, de experiências reeducativas, de expiações redentoras.

 

Assim, não desfaleças, porquanto este é o teu carma de solidão.

 

Faze, desse modo, uma pausa, nas tuas considerações pessimistas e muda de atitude mental, reintegrando-te na ação do bem.

 

O que ora te falta, malbarataste.

 

Perdeste, porque descuraste enquanto possuías, o de que agora tens necessidade.

 

A invigilância levou-te ao abuso, e delinquiste contra o amor.

 

A tua consciência espiritual sabe que necessitas de expungir e de reparar, o que te leva, nas vezes em que o júbilo te visita, a retornar à tristeza, rememorar sofrimentos, fugindo para a tua solidão...

 

Além disso, é muito provável que, aqueles a quem magoaste, não se havendo recuperado, busquem-te, psiquicamente, assim te afligindo.

 

Reage com otimismo à situação e enriquece-te de propósitos superiores, que deves pôr em execução.

 

Ama, sem aguardar resposta.

 

Serve, sem pensar em recompensa.

 

O que ora faças no bem, atenuará, liberará o que realizaste equivocadamente e, assim, reencontrar-te-ás com o amor, em nome Daquele que permanece até agora entre nós como sendo o amor não amado, porém, amoroso de sempre.

 

* * *

 

A dor é mecanismo de aprendizado sempre.

 

Nas Leis maiores do Criador não existe o sofrer por sofrer.

 

Todo sofrer visa aprendizado, visa redenção da alma que busca a felicidade.

 

Saber bem sofrer é uma arte, e toda arte exige disciplina, disciplina e disciplina.

 

E uma das belezas desta vida é que quando nos propomos a bem sofrer, nunca estamos realmente sozinhos.

 

Redação do Momento Espírita com base no cap. 13, do livro Viver e Amar, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

 

Em 25.10.2010.