artigo da semana

-CONQUISTAS-

Por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco

 

Uma colaboração de Estênio Negreiros (estenio.gomesnegreiros57@gmail.com)

 

 

O Homem comum satisfaz-se com os fenômenos fisiológicos e os prazeres que exaurem os sentidos, sem qualquer benefício para a emoção.

 

Todos os seus planos e aspirações giram em torno de lucros que lhe propiciem as metas imediatas do gozo, da sensualidade.

 

Gozo alimentar e posse sensual; gozo no sono e sensualidade na ambição; gozo na comodidade e sensualismo na mente.

 

O seu intelecto se volta para o utilitarismo e o seu sentimento para a sensação. O crescimento que anela é horizontal, de superfície, encontrando dificuldade para a verticalização da vida, a ascese.

 

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O homem que desperta para as experiências libertárias, emerge dos sentidos opressores e ala-se.

 

O conhecimento torna-se-lhe uma bússola e um roteiro, enquanto o sentimento o propele à conquista das distâncias.

 

O prazer instala-se-lhe nas áreas profundas do ser através das sucessivas aquisições da renúncia, da abnegação, da identificação dos valores reais, em detrimento das inquietações provenientes dos desejos insatisfeitos.

 

Verticaliza a conduta e comanda o pensamento, sem vazios, físicos ou mentais, para os conflitos que envilecem, atormentando o coração.

 

Os seus, são os triunfos sobre os próprios limites.

 

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O homem comum vê, ouve e vive conforme se apraz.

 

Os acontecimentos são enfocados de acordo com as lentes dos seus interesses pessoais. Tudo faz para fruir sempre, desfrutando do maior quinhão.

 

O seu humor é instável, porque governado pela força da paixão egoísta.

 

A sua fé é acomodada, por supor que ganhará a Vida utilizando os métodos escusos em que tem posto a existência.

 

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O homem lúcido entende a finalidade para a qual foi criado por Deus e vê, ouve e vive obedecendo aos padrões exarados pelas Leis que regem a Vida.

 

Proporciona os meios para que os fenômenos aconteçam — efeitos naturais das suas ações postas a serviço dos programas divinos.

 

É estável, porque sabe que somente lhe acontece o que se lhe torna de melhor, daí retirando a boa parte, aquela que o ajuda em qualquer ocorrência.

 

Crê e ama sem receio, porque a sua é uma vida fecunda.

 

O homem comum vive embriagado ou aturdido, ansioso ou desiludido.

 

O homem consciente movimenta-se em paz.

 

Pilatos, na horizontal do poder, lavou as mãos quanto ao destino do Justo.

 

Jesus, na vertical da verdade, sem nenhuma queixa submeteu-se.

 

Erguendo-se na cruz, permanece como exemplo fecundo de união com Deus, na conquista total da Vida.

 

(*) Do livro Momentos de Meditação.