artigo da semana

-EGO E EU-

Por Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

 

Uma colaboração de Estênio Negreiros (estenio.gomesnegreiros57@gmail.com)

 

 

A batalha mais difícil de ser travada ocorre no teu mundo íntimo.

 

Ninguém a vê, a aplaude ou a censura.

 

É tua. Vitória, ou derrota, pertencerá a ti em silêncio.

 

Nenhuma ajuda exterior poderá contribuir para o teu sucesso, ou conjuntura alguma te levará ao fracasso.

 

Os inimigos e os amigos residem na tua casa interior e tu os conheces.

 

Acompanham-te, desde há muito estás familiarizado com eles, mesmo quando te obstinas por ignorá-los.

 

Eles te induzem a glórias e a quedas, aos atos heróicos e às fugas espetaculares, erguendo-te às estrelas ou atrelando-te ao carro das ilusões.

 

São conduzidos, respectivamente, pelo teu Ego e pelo teu Eu.

 

O primeiro comanda as paixões dissolventes, gerando o reinado do egoísmo cego e pretensioso que alucina e envilece.

 

É herança do primarismo animal, a ser direcionado, pois que é o maior adversário do Eu. Este é a tua individualidade cósmica, legatária do amor de Deus que te impele para as emoções do amor e da libertação.

 

Sol interno, é chama na fumaça do Ego, aguardando o momento de a dissipar, a fim de brilhar em plenitude.

 

O Ego combate e tenta asfixiar o Eu.

 

O Eu é o excelente libertador do Ego.

 

Sob disfarces, que são as suas estratégias de beligerância criminosa, o Ego mente, calunia, estimula a sensualidade, fomenta a ganância, gera o ódio, a inveja, trabalha pela insensatez.

 

Desnudado, o Eu ama, desculpa, renuncia, humilha-se e serve sem cessar.

 

Jamais barganha ou dissimula os seus propósitos superiores.

 

O Ego ameaça a paz e se atulha com as coisas vãs, na busca instável da dominação injusta. O Eu fomenta a harmonia e despoja-se dos haveres por saber que é senhor de si mesmo e não possuidor dos adornos destituídos de valor real.

 

César cultivava o Ego e marchou para a sepultura sob as honrarias que ficaram à sua borda, prosseguindo a sós conforme vivia.

 

Jesus desdobrou o Eu divino com que impregnou a Humanidade e, ao ser posto na cruz, despojado de tudo, prosseguiu, de braços abertos, afagando todos que ainda O buscam. O Ego humano deve ceder o seu lugar ao Eu cósmico, fonte inesgotável de amor e de paz. Não cesses de lutar, nem temas a refrega.

 

Da página https://files.comunidades.net/portaldoespirito/Joanna de Angelis Momentos de Meditacao.pdf