artigo da semana

-A ROSA E O ICEBERG-

Pelo espírito de Van der Goehen (*)

Uma colaboração de Estênio Negreiros (estenio.gomesnegreiros57@gmail.com)

 

 

Toda vez que algumas pessoas vibram sintonizadas em torno do mesmo ideal, durante um certo tempo, um grupo permanente pode ser formado.

 

Um grupo pressupõe e mesmo exige objetivos fundamentais.

 

Os propósitos hão que estar bem definidos.

 

Qualquer grupo, bom ou mau, não prescinde dessas condições.

 

Exemplos: ▪ se vários malfeitores intentam uma causa comum, um grupo negativo poderoso é formado; ▪ se as famílias de um bairro se preocupam pela escola dos seus filhos, ela logo será erguida e as crianças agrupar-se-ão; ▪ se vários profissionais de uma mesma categoria encontram barreiras comuns, unem-se e o sindicato surge; ▪ um rio que impeça a comunicação física de uma cidade com outra, ou mesmo de aldeia a aldeia, com brevidade será contemplado com uma ponte, construída e instalada por um grupo que assim tenha agido impulsionado pela mesma necessidade; ▪ consórcios, todos, são expressão eloquente de pessoas afins, agrupadas nos seus ideais de consecução de algo ou de formação de patrimônios similares; ▪ idealistas do Bem, olhos voltados para o próximo, instintivamente se encontrarão no mundo, quase que automaticamente e juntos formarão equipes de socorro, material e/ou espiritual.

 

A lei universal de ação e reação, conquanto aviltada e incompreendida pela maioria dos homens, nem por isso deixa de agir, em todos os casos, atos e fatos, unindo presente, passado e futuro.

 

Exemplos: ▪ se bandidos se agrupam, delegacias policiais são criadas ou ampliadas; ▪ novos alunos, novas classes, novas escolas; ▪ sindicatos, consórcios e tantos outros agrupamentos, embora cumprindo seu papel, nem por isso se eximem de formidáveis obstáculos, que lhe são incessantemente antepostos.

 

E aqui chegamos ao ponto de enfoque destas pequenas crônicas: toda vez que um grupo mediúnico se inaugura, encontra a contrapartida no mundo espiritual inferior, que com ele se debate e com ele, sem tréguas, inaugura combate cerrado, de longa duração e onde só no amor estará a vitória final.

 

As forças superiores do Bem, ajudando incessantemente a todos, mas respeitando o livre-arbítrio, grupal e individual, formam a bênção-suporte de continuidade e perpetuidade da equipe que bases sinceras tenha e que de amor puro se arrime, já que os semelhantes se atraem.

 

Todo aquele que não permanece num grupo, seja seu fundador ou trabalhador extemporâneo e tardio que não mais volta, comprova, de modo singular, sua desarmonia vibratória com ele.

 

Um grupo sólido é assim como uma rígida construção que desconhece a inclemência dos temporais.

 

Não há necessidade de que todos de um grupo sejam brilhantes, intelectuais, abastados.

 

Mas, inevitáveis, há aqueles colaboradores que estabelecem contendas, silenciosas ou espalhafatosas, do “muito que fazem”, segundo julgam e alardeiam.

 

Ninguém trabalha mais do que ninguém.

 

Ninguém é superior a ninguém.

 

Bom, em termos de grupo, é aquele no qual todos os membros, todos, sem exceção, doam amor: isso os nivela e equaliza, perante os olhos do Alto.

 

Não encontraríamos rosas nos icebergs assim como os pinguins não seriam moradores felizes dos trópicos; o que pereniza e garante a sobrevivência do grupo mediúnico, indiscutivelmente, é o amor de cada um, cuja soma, aproxima-o de Jesus, O que mais amou.

 

Porque amou a todos e amou sempre.

 

As rosas agrupadas emanam a singela fragrância de agradáveis aromas.

 

Os icebergs, juntos, ajudam a equilibrar o clima terrestre, proporcionando as calotas glaciais.

 

E os Aprendizes do Bem, unidos no ideal mediúnico do Amor, são mais uma obra do Senhor.

 

(*) Do livro Âcoras de Luz por espíritos diversos.

 

Publicado na página https://oconsolador.com.br/editora